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6 de jun. de 2013

ALMIR SURUÍ DECIDE AJUDAR NA CAMPANHA DE DOAÇÃO DE MEDULA ÓSSEA INDÍGENA

O objetivo da campanha nacional de medula óssea é ampliar o cadastro de doadores voluntários e facilitar o tratamento de quem sofre de leucemia.


O líder Paiter veio a Porto velho, a convite da direção do Hospital do Cancêr de Barretos. Na capital, juntamente com a esposa Ivaneide Bandeira, gerente de projetos da Associação de defesa Etnoambiental Kanindé, recebeu informações sobre a campanha de doação de medula óssea, lançada pelo Ministério da Saúde. O objetivo da campanha nacional de medula óssea é ampliar o cadastro de doadores voluntários e facilitar o tratamento de quem sofre de leucemia.

Hoje o cadastro nacional conta com 350 mil amostras de medula.
O que é leucemia
A leucemia é uma doença maligna dos glóbulos brancos (leucócitos), geralmente, de origem desconhecida.

Tem como principal característica o acúmulo de células jovens anormais na medula óssea, que substituem as células sanguíneas normais.

A medula é o local de formação das células sanguíneas e ocupa a cavidade dos ossos, sendo popularmente conhecida por tutano. Nela são encontradas as células que dão origem aos glóbulos brancos, aos glóbulos vermelhos (hemácias ou eritrócitos) e às plaquetas.
Estimativas de novos casos: 8.510, sendo 4.570 homens e 3.940 mulheres (2012).

Número de mortes: 5.935, sendo 3.202 homens e 2.733 mulheres (2010)
Com esse encontro em Porto velho o objetivo do Hospital do Cancer de Barretos, através da Fundação Pia XII, é estender a campanha aos povos indígenas. A necessidade partiu de um caso específico em tratamento na cidade de Barretos, do garoto Rhikelme da etnia Macuxi, que faz tratamento de leucemia linfoide, cujo tratamento é o transplante de medula.

“A dificuldade para se encontrar um doador compatível para um branco é de uma em 100 mil, já para um indígena é praticamente impossível, no banco de dados nacional, explica Rafael Cita, um dos diretores do Hospital do Cancer de Barretos”. 
Almir e Ivaneide ficaram sensibilizados e se comprometeram a ajudar a encontrar doadores primeiro para Rhikelme.

“Já estamos entrando em contato com lideranças da etnia Macuxi em Roraima, e vamos tentar encontrar alguém compatível para ajudar Rhikelme” explicou Almir Surui.
De acordo com a gerente do Hospital do Câncer, unidade Porto Velho, Raquel Keller, atende por dia 300 pacientes.

“Entre esses pacientes temos 35 que são indígenas, de várias etnias fazendo tratamento contra o câncer”, complemente Raquel Keller.
Ampliação da campanha
A ampliação da campanha de doação para povos indígenas é uma demanda do próprio ministério da saúde. O apoio de Almir Surui foi apenas o primeiro passo dado pelo Hospital do Cancer da Barretos. ”Por causa da tutela dos indígenas, a coleta de material sanguíneo dos indígenas vai depender de autorização da FUNAI, através do Ministério da Justiça”, enfatizou Ivaneide Bandeira, que trata da questão indígena há mais de 20 anos, desde que foi criada a Associação de defesa Etnoambiental Kanindé.
Passo a passo para se tornar um doador
-Qualquer pessoa entre 18 e 55 anos com boa saúde poderá doar medula óssea. Esta é retirada do interior de ossos da bacia, por meio de punções, e se recompõe em apenas 15 dias.
-Os doadores preenchem um formulário com dados pessoais e é coletada uma amostra de sangue com 5 ml para testes. Estes testes determinam as características genéticas que são necessárias para a compatibilidade entre o doador e o paciente.
-Os dados pessoais e os resultados dos testes são armazenados em um sistema informatizado que realiza o cruzamento com dados dos pacientes que estão necessitando de um transplante.
-Em caso de compatibilidade com um paciente, o doador é então chamado para exames complementares e para realizar a doação.
Caso você decida doar

Você precisa ter entre 18 e 55 anos de idade e estar em bom estado geral de saúde (não ter doença infecciosa ou incapacitante).
Onde e quando doar

É possível se cadastrar como doador voluntário de medula óssea nos Hemocentros nos estados.
Como é feita a doação

Será retirada por sua veia uma pequena quantidade de sangue (5ml) e preenchida uma ficha com informações pessoais. Seu sangue será tipificado por exame de histocompatibilidade (HLA), que é um teste de laboratório para identificar suas características genéticas que podem influenciar no transplante. Seu tipo de HLA será incluído no cadastro.
Seus dados serão cruzados com os dos pacientes que precisam de transplante de medula óssea constantemente. Se você for compatível com algum paciente, outros exames de sangue serão necessários.
Se a compatibilidade for confirmada, você será consultado para confirmar que deseja realizar a doação. Seu atual estado de saúde será avaliado.
A doação é um procedimento que se faz em centro cirúrgico, sob anestesia peridural ou geral, e requer internação por um mínimo de 24 horas. Nos primeiros três dias após a doação pode haver desconforto localizado, de leve a moderado, que pode ser amenizado com o uso de analgésicos e medidas simples.

Normalmente, os doadores retornam às suas atividades habituais depois da primeira semana.


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